A maioria é invisível aos nossos olhos, mas se prestarmos atenção conseguimos vê-los, estão por toda a parte... Arrastam-se,
sucumbem nas lágrimas derramadas pelas suas memórias, já
longínquas...memórias de coisa nenhuma ou insignificantes. Amargurados
por não saberem como foram parar onde estão, vivem sem sentido na
solidão, agarrados ao passado. Cabisbaixos, melancólicos, olham o futuro
sem o conseguir ver. A única coisa que lhes resta é aquela
memoria...que mesmo insignificante, os faz levantar todos os dias,
lembrando-os que houve no passado um miserável momento em que foram
felizes, já não procuram mais essa felicidade, não, perdeu-se tudo, já
não têm força para lutar por um sentimento que desvaneceu, foi-se no
tempo. Aguardam apenas pelo grande paradoxo desta vida...a morte, que
muitos consideram um luxo.