Existe um segredo valioso nas entrelinhas do “Antes um inimigo inteiro do que um amigo pela metade.” Claro que nem tudo merece o nosso agradecimento. Pessoas-Pela-Metade,
por exemplo, não merecem a nossa gratidão. Na verdade, dessas devemos
manter uma distância segura. Elas nunca serão completas e sempre
tentarão roubar de outras aquilo que lhes falta. Pessoas-Pela-Metade não
aprenderam a amar, então roubam o amor dos outros, sequestram a auto-estima alheia e querem manter o domínio de tudo. Porque foram
traídas, se apropriam da confiança dos outros, desconfiam de tudo a todo
momento e sempre mantém um véu de mistério pairando sobre as próprias
atitudes que serve para esconder mentiras e omissões. Porque são
inseguras, não caminham em paz e sempre procuram confusões nos ambientes
que frequentam.
Pessoas-Pela-Metade querem a sua paz, a exclusividade do seu amor,
querem que sejas posse delas. Elas tiram o teu direito de escolha,
sequestram a tua companhia e cegam a tua visão. Se observares bem de perto,
vais perceber que a vida lhes fez um pequeno mal e elas mesmas se
encarregaram de aumentar o estrago com suas atitudes e escolhas. Ao
invés de buscarem a superação, escolheram disseminar a maldade e
desconfiança por onde passam. São cépticas e entoam com o peito cheio de
ar que o amor só existe em contos de fadas.
Pessoas-Pela-Metade não me preenchem, não merecem metade da minha
atenção e muito menos uma gota do meu ódio – merecem a indiferença.
Disso elas estão cercadas.
Pessoas-Pela-Metade merecem uma única coisa: um ponto final.